Nos dias de hoje, uma parte da população ao ser confrontada por
pessoas que não compactuam com os mesmos pensamentos políticos dela, tendem a chamá-la de
Comunista. Numa visão rasa, pessoas que pensam assim, classificam as posições
políticas em duas: a dela ou comunismo. Mas será que essa pessoa sabe o que é
comunismo? E você, sabe?
Diferente do que muitos pensam, existem diversas posições
políticas, o comunismo é só mais uma dentre todas.
O Comunismo é uma doutrina política que defende o Estado
natural. Ou seja,
basicamente essa ideologia defende uma sociedade igualitária e sem classes
sociais (uns com muito e outros com pouco). O comunismo entende que não há
a necessidade de um governo existir, visto que tudo que é produzido pelo povo é
dividido entre todos, logo, tudo que for fabricado será de domínio público, acabando
com a ideia da propriedade privada.
Muitos atribuem à Karl Marx (1818-1883) o título de “pai do
comunismo”, mas ele não foi o primeiro pensador dessa ideologia, lógico, seu
livro (O manifesto comunista) ajudou bastante na evolução e lapidação do
movimento, entretanto, foi o filósofo grego Platão que fez florescer o ideal
(por volta de 428 a.c) e vale dizer que o Comunismo já era colocado em prática
desde a era pré-histórica, chamado de comunismo primitivo, nesse período acumulavam-se bens sem se preocupar com a quantidade e sim com a qualidade de
vida do grupo, o intuito era o bem estar de todos.
Para Platão, o Estado deveria existir e seria obrigação dele estabelecer a igualdade e justiça social. Deveria haver também uma
supressão da família, pois assim haveria maior devoção ao bem público, essa
supressão se daria excluindo os vínculos afetivos paternos e maternos, ou seja,
os filhos havidos não conheceriam seus pais e ficariam sob os cuidados do
Governo, recebendo sustento e educação até a fase adulta.
Curiosamente, os
ideais de Platão não afetavam aqueles que eram considerados não-cidadãos
(escravos). Platão não menciona em seu livro (A república) a emancipação dos
escravos e nas entrelinhas entende-se que esses não fariam parte da mudança
pois seriam os responsáveis de prover os meios de subsistência aos cidadãos
gregos.
No mundo atual alguns países que se dizem ou são rotulados de comunistas, observando bem, não exercem o real comunismo. Como maior exemplo podemos citar a China que foi comunista de fato até a morte de Mao Tse Tung.
Depois disso, o seu sucessor Liu Shaoqi (foto) colocou em prática um plano para abrir a economia, descentralizar o poder e mudar o conceito de "não existir propriedade privada.".
A partir daí a China se abriu para o mundo. Estreitou laços com países capitalistas permitindo a entrada de multinacionais como McDonald's, Coca Cola e Boeing e passou a aceitar a criação de empresas privadas que competem de igual para igual com outras grandes empresas do mundo. Como exemplos, podemos citar a Le Novo, Huawei e TikToc.
O distanciamento entre a China e o comunismo fica mais nítido quando observamos outros fatores sociais. Por exemplo:
→ Educação: O sistema educacional chinês não é completamente gratuito. Os primeiros nove anos são pagos.
→ Saúde: O sistema de saúde ainda é público, porém, os mais ricos procuram serviços particulares.
→ Moradia: Comprar uma casa é muito difícil devido ao alto valor imobiliário do mercado.
→ Agricultura: Os camponeses passaram a administrar as terras que cultivam e a vender o que produzem.
→ Classes sociais: A desigualdade social é grande e vem crescendo significativamente desde a liberalização da economia.
Bom, primeiro porque o único partido existente no País se chama "Partido Comunista Chinês" e além dele controlar tudo na política, os Presidentes são escolhidos por um comitê do próprio partido, sem a participação popular. Esse fator por si só não a torna comunista, visto que a política de partido único também é utilizada por outros regimes políticos. Ocorre que na China também não existe liberdade de imprensa, o governo controla a internet, as universidades e ignora os Direitos Humanos. Tanto que já foi denunciado diversas vezes por organizações internacionais.
Ou seja, embora a China seja denominada um país comunista, sua essência está se dissipando e essa é a tendência mundial. Os países que não se atualizarem poderão ficar para trás.
No Brasil, o comunismo nunca foi um sistema vigente, mas nos dias atuais uma pequena parcela da população acredita que estamos em risco iminente de virar um País comunista.
Como vimos no texto, nenhum País atual exerce o Comunismo idealizado por seus percussores, logo, podemos entender que quando essa parcela da população acredita nessa possibilidade, está se referindo a sistemas mistos de governo, como o da China.
Para que o Brasil se torne um País comunista, existem dois caminhos:
O primeiro caminho, muito simples, seria um golpe de Estado com a ajuda das Forças Armadas dado por um Presidente eleito pelo povo democraticamente que enfraqueceria a mídia e as instituições democráticas diariamente até um ponto de ruptura, tendo apoio de uma parcela da população, preferencialmente rica, que manipularia uma parcela pobre.
- Como seria?
Assim que eleito, o Presidente iria atacar as instituições para tentar diminuir a confiança da população nelas.
Depois diminuiria os direitos trabalhistas para manter a classe empresária do seu lado, essa classe é muito importante pois dará auxílio financeiro e logístico.
Para diminuir a repercussão dos atos que desfavorecem a população geral, esse Presidente atacaria as mídias confiáveis para desacredita-las e como estamos na era da informação, utilizaria em abundância o recurso das fake news para manter o "laço" nas pessoas menos esclarecidas da população.
Em paralelo a isso, membros do governo, sorrateiramente, formariam grupos paramilitares armados ou não que criariam badernas e atos antidemocráticos.
O País seria contaminado por informações falsas, nasceriam bolhas sociais quase impenetráveis e as pessoas iriam aos poucos se acostumando com o caos até que em um momento, a ruptura aconteceria.
O presidente com a ajuda das forças armadas e/ou seus grupos paramilitares tomariam o poder e modificariam o regime político. Transformando o Brasil numa ditadura travestida de comunismo.
O segundo caminho seria através de um plebiscito ou referendo (se não sabe o que é isso, clique aqui e entenda o que é) feito por um órgão legislativo que apresentaria um projeto novo de governo e daria ao povo o poder de voto.
Embora o segundo caminho pareça mais simples, provavelmente seria o mais difícil de ocorrer. O criador da proposta iria ter que convencer a maior parte da população para aprovar a matéria. Também precisaria organizar um grande número de políticos que concordassem com a ideia que, depois de aprovada, ainda teria um longo caminho. Haveriam reuniões com a população, com os órgãos existentes, conversas e mais conversas, todos deveriam entrar em acordo para só então ser colocado em prática o novo regime. Com tudo pronto, o Brasil estaria pronto para ser o mais novo País comunista do mundo.
Visto isso, é impossível conceber a ideia de que o Brasil
vive ou corre o risco de se tornar um País comunista. Esse movimento não tem
mais força e não tem como existir em um mundo globalizado. É muita ingenuidade achar que o Brasil corre o risco de ser comunista. Talvez essa "conversinha" tenha surgido através de fake news espalhadas por alguém mal intencionado... Pode ser...
Até a próxima!! 👍
Quadro com as principais características do Comunismo original |
No primeiro caminho você descreveu o Bolsonaro kkkkkk
ResponderExcluirq q tem a ver bolsonaro com isso? meu deus, todo mundo quer um capitão no rabo
Excluirhahahahah Que isso gado? que boca suja, Ta na lua? descreveu tudo que o Bozo faz...
ExcluirBolsonaro AMA o Brasil! vc prefere o luladrão né?
Excluirótima explanação. Fala do Fascismo tbm? quero muito!
ResponderExcluirPerfeito, simples de entender e sem enrolação
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